Poesias 8

Alegria

Se guardares tristezas para si.
Sublime-as em pedras de gelo
Preciosas em evaporar-se.
Fauno e a Flora agradecem.


Deixe-as sem ferir-se... Ao próximo,
Melhor derrame-as... Todas lágrimas.
Há tempo não choro à alegria;
Seria sincero, divertido.


E nasci, e sofri, desde então.
A vida é desconexa, sim!
E iguala-se a esses versos.


Desvendar vida... Viajar triste;
Vida... Concertá-las é... Viver.
Alegria é encontrar amor.

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A um velho amigo


Este homem serviu em guerras,
À pátria, à sociedade;
Ontem fez serviços comunitários,
À pátria, à sociedade;


Hoje dorme na calçada,
Está sentado só, desesperado.
Veja-o, Ouça-o... Converse,
Renove-o... Revolve-o.


Faça algo... Povo hipócrita.
Não me diga amanhã:
Morreu um mendigo...


Viram-no servindo –Raça de víboras!
O ancião, o velho não serve...
À pátria, á sociedade? Paz!

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Gritem em silêncio... Paz!

Poesia viva, poesia morta.
Que será a sorte, sonho,
Destino, vida, energia, fé;
Pesadelo, meta, ruim, bom?


Será quimera, utopia...
Amor está a apagar...
Lembre-se amor... Dom supremo.
A paz começa de andorinha.


Casal se desfaz... Definhando-se;
Sociedade se desfaz... Definhando-se:
Pessoa se desfaz... Definhando-se...


Guerra desfaz-se guerra?
Paz esta é a paz a se trava;
Poesia? Sim! A vida é luta pacífica.

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Plumo


O mundo perderá o plumo;
Vida no sentido único,
Não valerá nem mais à pena.
Que fazemos sem sentidos?


Se valentes perderem a razão;
Se poetas perderem a sensibilidade;
Se o do muro perder o rumo;
Se perderem o metrônomo.


Cada qual em sua função,
Mantenham os ritmos da vida,
Sintam a tua natureza única.


Viva a vida, viva à vida.
Se perderem, chorem, briguem, lutem;
Se vencerem, chorem, briguem, lutem;

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Luto de lutar

No amor não há firma reconhecida.
Não há cartório para autenticar,
-Amor... É paixão com amizade.
A vida não me permitiu ser amado.

Faltava documento, não havia lucro.
Virei mendigo de carinho,
-consideram louco quem ama a amada,
Amaria ser amado apaixonadamente, luto.

Este sistema falho mata a tudo,
Mata mendigando, mata ancião...
Mata bebê, mata-se a todos.

Ainda que eu falasse a língua dos anjos...
Se não tenho amor, nada sou.
Assim com escrita de amor, lutarei...

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Ideal de paz

Gritem aos quatro ventos:
Guerra... Guerra... Guerra(...)
Mandem ao mundo:
Morte... Morte... Morte(...)

E antes de pegarem
As pedras olhem... Olhem...
Olhe no reflexo de si,
Estarás matando a ti.

Política de dor e... Calado,
Calaram-se os teus sonhos.
-Não me mate, diria o ideal...

Não se presenteem com a rosa.
A rosa da morte e da covardia.
-ser valente... É não criar à violência.

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Verdade...?

Por que tua boca, diante de mim,
Profere a mentira... Que me mata.
Teu corpo, teus olhos, alma, coração.
Dizem-me: amo-te socorra-me.

E tua boca continua:
-Amo a outrem, beijo só a ele.
Não posso deixa-lo... –espere!
Uma verdade... Tua boca fala:

Admiro-te muito amor meu por ti...
É além da matéria... Se cuide,
Nos abraçamos e afagou-me...

Até hoje espero a verdade.
Luto para não parar...
E ainda... Assim; grito – eu te amo...

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